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Desde 2016, quando a recém-constituída CiA dXs TeRrOrIsTaS começou a investigar as contradições que habitam o universo da diversidade sexual e de gênero, xs terroristas poéticxs tem disputado o cenário da cishetetonormatividade como dispositivo de tensão e atrito. Nesse meio tempo, conhecem x performer e pesquisadorx Jota Mombaça, e entram em contato com seu projeto de “Redistribuição desobediente de gênero e anticolonial de violência”, onde em uma de suas “cenas” cita a emergência de se “nomear a norma” como primeiro movimento transgressor deste dispositivo. Esse conceito passa a ser expandido pela CiA dXs TeRrOrIsTaS para além das questões LGBT+ passando a investigar as normatividades contidas nas formas e nas escolhas estéticas de suas produções. Daí surge seu projeto de  imersão em busca das contranormatividades de linguagem, ou seja, uma investigação minuciosa em linguagens não normativas como espaço de contágio das estruturas dadas pelo campo da arte no tempo-espaço contemporâneo. Com isso experimentam o tricô, o boxe, a cura e outros campos de saber como territórios possíveis de diálogo na construção de suas criações, em contato/contágio (ou não) com as linguagens hegemônicas da arte (teatro, dança, música, etc). 

Dessa maneira, o grupo começou um debate estético político onde forma e conteúdo eram simultaneamente discutidos com o intuito de provocar fricções poéticas que evocassem debates potentes com a sociedade.

Com isso tudo, Ditadura Gay se instaura como um experimento de paródia e inversão de papéis para produzir empatia. Durante 2 anos, performamos ditaduras gays em espaços, de acesso público, cisheteronormativos da zona norte da cidade de São Paulo (igrejas, campos de futebol, delegacias, etc.). Essas performances explicitavam conflitos ideológicos entre os passantes desses lugares que iniciavam uma discussão profunda sobre temas profundos que cerceiam a LGBTfobia com seus próprios repertórios. 

Essa ação reverberou na criação de 5 atentados poéticos: Pátria Amada, S.O.C.O., Troca-Troca, Ditadura Gay e Cidade de Gis (que podem ser vistos em nosso Arsenal Poético).

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