A primeira ação direta da CiA dXs TeRrOrISTaS foi uma resposta a LGBTfobia institucionalizada.

Em meados de 2015, xs terroristas poéticos utilizavam das salas do CEU Jaçanã (zona norte da cidade de São Paulo) para realizar seus encontros e ensaios por meio de orientações do Programa Vocacional (programa de formação artística da SMC-SP voltados para as periferias). Na contramão, a gestão do equipamento, extremamente conservadora, desarticulava ações afirmativas para pessoas LGBT+, além de vetar o uso de espaços, como a sala de teatro/auditório, para nossas atividades, ao mesmo tempo em que cedia esse equipamento cultural par aa realização de cultos de igrejas neopetencostais. Isoladxs, xs terroristas se perceberam apequenadxs diante da esmagadora força (numérica, inclusive) que esses grupos conservadores possuíam.

Lembramos que a zona norte da cidade tem um extenso histórico de ser capitaneada por vereadores e coronéis conservadores, co-ligados a igrejas e ao militarismo, o que dificulta a permanência de ações de resistência no território.

Em resposta a isso, xs terroristas foram em busca de seus pares e fizeram um mapeamento de coletivos LGBT+ que utilizavam os espaços do CEU. Com isso, encontram um grupo de jovens gays que organizavam um time de vôlei e outro grupo de jovens lésbicas que jogavam futebol na quadra do espaço. 

Daí surge a pergunta. Como articular uma ação que conecte, de forma integrada, atividades de esporte, cultura e educação em prol da diversidade?

A resposta foi a nossa PRE-PA-RA Olimpíadas. Inspirada no universo olímpico, a ação trata-se de uma ocupação do CEU Jaçanã com atividades de competição esportivas amistosas em diversas modalidades.

A programação também contou com uma cerimônia de abertura com apresentações culturais de artistas de diversos lugares da cidade, todas sobre a pauta da diversidade de gênero e sexual.

A programação também contou com intervenções artivistas entre os intervalos dos jogos, exposições e rodas de conversa.

O CEU Jaçanã recebeu nosso atentado poético (mesmo sem querer, terrorismo é assim!)

E com isso ocupamos mais um espaço que nos era negado.