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Quando a abolicionista prisional, Walidah Imarisha evoca a necessidade por novos imaginários em sua fala cirúrgica, assinamos embaixo e urgimos pela necessidade de pensar novas linguagens que nos ajudem a pensar para fora do CIStema.

A sigla RPG nada mais é que “Role Playing Game”, ou seja, um jogo onde as pessoas interpretam seus personagens e criam narrativas que giram em torno de um enredo. Cada uma dessas histórias é criada por uma pessoa que leva o nome de “mestre do jogo”.
Para que a partida de um jogo de RPG comece, você deve primeiro escolher todas as características de seu personagem, como raça, classe, aparência, idade e também atribuir-lhe algumas virtudes.

Não é de hoje que esses jogos de interpretação são utilizados como potentes ferramentas pedagógicas. Muitos educadores relatam experiências positivas no uso de jogos de RPG para o ensino de disciplinas como História, Geografia, Filosofia, Sociologia, até Matemática!

Sabemos que uma das grandes mazelas de nossas formação política é a separação entre reflexão e prática, o que coloca grande parte de nosses companheires de luta em um lugar binário (ou produz conhecimento científico sem a prática direta, ou desenvolve prática potente, mas não se articula com as produções reflexivas que auxiliam na (re)organização dessas práticas.

O potencial dialético dos jogos de RPG pode ser aproveitado para espaços de formação política, tendo em vista que tratam-se de espaços seguros que permitem ensaios e simulacros sobre ações diretas executadas na vida real. Eles também permitem uma diálogo em outra instância, pois colocam os interlocutores em uma posição ativa, que exige tomadas de decisões junto a seus discursos.

Por isso nossa tentativa de uso dessa linguagem para processos de criação de novos imaginários e alternativas frente aos cenários truculentos, informatizados e de respostas prontas de nossos tempos

"Apesar da nossa habilidade para analisar e criticar, a esquerda se enraizou naquilo que é. Nós frequentemente esquecemos de vislumbrar aquilo que pode vir a ser. Esquecemos de escavar o passado em busca de soluções que nos mosrem como podemos existir de outras formas no futuro. Por isso acredito que nossos movimentos por justiça precisam desesperadamente da ficção científica."

Walidah Imarisha

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